- Parabéns
“Parabéns” teria eu dito hoje.
Trocaríamos, com sorte, um sorriso e eu saberia que teria feito parte deste dia.
A última prenda que te ofereci tinha de ser duradoura. Não se poderia consumir no espaço de semanas ou meses… Antes já te tinha pedido desculpa e o tempo corria mais depressa que eu.
A água corre e a cortiça flutua (e dura).
a r q u i v o
quanto do teu sal / são lágrimas
Excerto do poema “Mar Português” de Fernando Pessoa